Mulher condenada pelo caso Bernardo é encontrada morta em presídio de Porto Alegre
Edelvânia Wirganovicz foi localizada com sinais de enforcamento dentro da cela; ela confessou ter ajudado a madrasta do menino de 11 anos a assassiná-lo em 2014
Por da Redação 23/04/2025 11h37 - Atualizado em 23/04/2025 11h38
Montagem: Reprodução/TJRS e Arquivo Pessoal

Edelvânia Wirganovicz é uma das quatro pessoas condenadas pela morte do menino Bernardo Boldrini (à dir.)
Edelvânia Wirganovicz, de 51 anos, uma das quatro pessoas condenadas pela morte do menino Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, foi encontrada morta nesta terça-feira (22) no Instituto Penal Feminino de Porto Alegre. Segundo a Polícia Penal, a principal hipótese é de suicídio. A Corregedoria-Geral do Sistema Penitenciário, a Polícia Civil e o Instituto Geral de Perícias investigam o caso. Conforme nota oficial, Edelvânia foi localizada com sinais de enforcamento dentro da cela onde cumpria pena no regime semiaberto.
A suspeita é de suicídio, mas os laudos periciais devem esclarecer as circunstâncias da morte. Condenada em 2019 a 22 anos e 10 meses de prisão por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, Edelvânia progrediu para o semiaberto em 2022, mas teve a prisão domiciliar revogada em fevereiro de 2025. Ela era amiga de Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo, também condenada no caso.
Bernardo Boldrini desapareceu no dia 4 de abril de 2014, em Três Passos, no interior do Rio Grande do Sul. O corpo foi localizado dez dias depois, enterrado às margens de um rio em Frederico Westphalen, cidade vizinha. Segundo as investigações, o menino foi assassinado com uma superdosagem de medicamento sedativo aplicada pela madrasta. Edelvânia admitiu ter ajudado a ocultar o corpo e indicou o local do enterro à polícia.
Os quatro condenados
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Graciele Ugulini, madrasta de Bernardo: 34 anos e 7 meses de prisão; atualmente no regime semiaberto.
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Leandro Boldrini, pai da vítima: 31 anos e 8 meses de prisão; teve o registro profissional cassado e foi desligado de hospital universitário em 2025.
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Edelvânia Wirganovicz, amiga da madrasta: 22 anos e 10 meses de prisão.
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Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia: 9 anos e 6 meses de prisão por auxiliar na ocultação do corpo; teve a pena extinta em 2024.
O crime chocou o país pela brutalidade e motivação: segundo o Ministério Público, Edelvânia teria recebido R$ 6.000 e a promessa de ajuda financeira para participar do assassinato.
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA